Sistema Móvel de Proteção
OBJETIVO
- Ambientar os bombeiros com o novo Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico;
- Saber
o que mudou em relação ao Código anterior no que tange ao Sistema Móvel de
Proteção.
Parâmetros
do Sistema Móvel:
Os
extintores devem ser instalados onde houver menor possibilidade do fogo
bloqueá-los.
Devem ser
visíveis e sinalizados (sinalização vertical).
A
sinalização dos extintores é realizada através de um quadrado (1,00m x 1,00m)
com borda amarela com largura de 0,15m e Fundo vermelho (0,70m x 0,70m) – mudou do
CPI 2001
Altura
máxima de 1,60m (medido do piso ao gatilho) ou no chão sobre suporte (tripé).
Não
instalar em escadas, vestíbulos e antecâmaras.
Devem ser
aprovados pelo INMETRO, com selo de recarga válido.
Devem ser
recarregados anualmente e teste hidrostático a cada 5 anos.
Etiqueta
com nome do proprietário e endereço estabelecimento.
Em áreas externas
devem ser protegidos contra intempéries.
Como é
feito o dimensionamento de extintores?
No Código
anterior tinhamos uma tabela nos mostrando as unidades extintoras dos seus
respectivos extintores que a partir desta fazíamos o cálculo (área total / C*) com
base no risco predominante para saber o mínimo de unidades extintoras que uma edificação
deveria ter.
C*
variável de acordo com o Risco RL = 500m², RM 250m² e
RE=150m².
O que
mudou?
Basicamente
podemos dizer que agora para proteger uma edificação por extintores de incêndio
basta cumprir estes três passos: Selecionar os extintores mais
adequados aos riscos, com sua respectiva capacidade de extinção;
distribuí-los e instalá-los adequadamente.
Recordando
Classe
A
Como
classe “A” entende-se os incêndios em sólidos, que queimam em superfície e
profundidade e deixam resíduo, tais como a madeira, o papel, tecidos, borracha,
etc.
Classe
B
Como
classe “B”, os incêndios em líquidos e gases, que queimam na superfície e não
deixam resíduos, tais como o GLP (gás de cozinha), a gasolina, o álcool, o
querosene, etc.
Classe
C
Como
classe “C”, os incêndios em que esteja presente a energia elétrica, normalmente
em aparelhos elétricos “energizados”. Esse tipo de incêndio exige que o agente
extintor não conduza a corrente elétrica.
Assim,
se a edificação possuir em sua maioria elementos que produzam um incêndio
classe “A”, deverão ser
selecionados extintores que extingam tais tipos de incêndio, como os de água
ou espuma e assim será para as demais classes.
Já
que exigimos que a edificação possua mais de um tipo de extintor para que todas
as classes sejam abrangidas temos também a opção dos extintores de Pó
Multiuso (classes A, B e C), também chamado Pó ABC. Nesses casos
pode-se usar somente esse extintor, o qual substitui os demais extintores.
Agora
a capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor portátil e para cada
tipo de extintor sobrerrodas, para que se constitua uma unidade extintora, deve
ser de acordo com as tabelas a seguir:
EXTINTOR
|
CAPACIDADE
EXTINTORA
|
Carga
d’água
|
mínimo 2-A;
|
Carga
de espuma mecânica
|
mínimo 2-A : 10-B;
|
Carga
de Dióxido de Carbono (CO²)
|
mínimo 5-B:C;
|
Carga
de pó BC
|
mínimo 20-B:C;
|
Carga
de pó ABC
|
mínimo 2-A : 20-B:C;
|
Carga
de halogenado
|
mínimo 5-B:C.
|
O que é
Capacidade extintora?
Conforme
o item 3.1 da NBR 12.693/2010, capacidade extintora é a medida do poder
de extinção de fogo de um extintor de incêndio, obtida em ensaio prático
normalizado.
A
capacidade extintora é facilmente localizada nos rótulos dos extintores de
incêndio, onde o numeral corresponde a um dos graus atribuidos a capacidade que
o agente possui de extinguir o fogo. Já a letra imediatamente seguinte,
corresponde a classe de incêndio a que o agente se destina, podendo ser A, B, C
ou a combinação de duas ou mais classes de incêndio.
Exemplo:
Capacidade
extintora 2A:10B:C
Refere-se
a um extintor de incêndio capaz de combater incêndios de classes A, B e C e que
possui uma capacidade extintora de grau 2 para incêndios de classe A e de grau
10 para incêndios de classe B.
Incêndios
Classe A:
Os testes
de capacidade extintora para classe A são realizados em engradados de madeira,
sob condições laboratoriais, de acordo com a NBR 9.443.
Método para classificação da
capacidade extintora de incêndios Classe A
Tabela 1 da NBR
9.443/2002 – Construção do engradado de madeira
Grau/Classe
|
Quantidade
de
elementos
de
madeira
|
Dimensões dos
elementos de madeira (mm)
|
Arranjo
dos elementos de madeira
no
engradado
|
|
Seção +/- 1mm
|
Comprimento +/- 1 %
|
|||
1-A
|
50
|
45x45
|
500
|
10 camadas de 5
|
2-A
|
78
|
45x45
|
600
|
13 camadas de 6
|
3-A
|
98
|
45x45
|
750
|
14 camadas de 7
|
4-A
|
120
|
45x45
|
850
|
15 camadas de 8
|
6-A
|
153
|
45x45
|
1000
|
17 camadas de 9
|
10-A
|
209
|
45x45
|
1220
|
19 camadas de 11
|
20-A
|
160
|
45x90
|
1500
|
10 camadas de 15 e
1 camada superior
de 10
|
30-A
|
192
|
45x90
|
1850
|
10 camadas de 18 e
1 camada superior
de 12
|
40-A
|
224
|
45x90
|
2200
|
10 camadas de 21 e
1 camada superior
de 14
|
·
Os testes de capacidade
extintora
para classe B são
realizados
em recipientes
contendo um
líquido inflamável
(n-heptano),
como mostra a
imagem ao
lado, sob condições
laboratoriais,
de acordo com a
NBR 9.444.
procedimentos
para o ensaio em
extintores
destinados a incêndios
classe
C, é a NBR 12.992.